quarta-feira, 30 de março de 2016

CHUVA NA ROÇA, por Ivan Vagner Marcon (Poema)

CHUVA NA ROÇA
Autor: Ivan Vagner Marcon

Quando era dia de chuva na roça
eu corria assuntando pelas fresta:
os par de zóio perdido nas poça
a curiosidade estampada na testa.

Via as pranta alegre ca aguinha fresca
banhando as foia e raiz.
Belezura de se vê...Verdadera seresta
fazendo a  invernada muito mais feliz.



A água do poço vertendo e subindo
ajudando o barde a num esbarra nu fundo.
Água do céu pra matá a sede de nóis tudo
água bençoada... mió água do mundo.

E os banho da criação?
Cos galo e pato correndo dos raio
os franguinho ciscando o chão
e os passarinho escondidinho nos gaio.



Os gato esquentando ca quentura do fogão
o chero bão do café quente.
Os cachorro dormindo no chão
roncando e babando que nem gente.

Um ou outro trovão gorava os ovo no choco
e tinha uns par de curisco no campo...
Mais eu gritava: - Santa Barbra me venha em socorro
e me sarve de tanto relampo.



E quando da chuva chegava o finarzinho
co arco-da-véia colorindo o céu
o sor vindo bunito... di mansinho
co'a  bicharada fazendo iscarcéu...

E nos dia de hoje (de tanto medo e troça)
foi-se meu tempo de festança.
Sei que cada pancada que vi na roça
vai cê só sardade de minha lembrança.




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